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“Reservatórios das usinas hidrelétricas têm melhores níveis da última década”, aponta CMSE

Autor:
MME

As condições do suprimento de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) estão favoráveis, segundo o colegiado, com relevante expansão de fontes renováveis e redução de custos aos consumidores.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu nesta quarta-feira (5/04) para avaliar as condições do suprimento de energia elétrica no sistema elétrico brasileiro. Um dos destaques da reunião foi o levantamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que mostrou que março finalizou com os melhores níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) da última década. Foram verificados armazenamentos equivalentes de 83,1%, 82,9%, 91,4% e 97,7% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, no mês passado. Para o SIN, o armazenamento ao final de março foi de 85,3%.

No dia 25 de março, a Usina Hidrelétrica Serra da Mesa, em Goiás, registrou o maior valor de armazenamento já observado desde 2012. Segundo representantes do comitê, este cenário proporcionou um melhor aproveitamento dos excedentes hidrelétricos, permitindo, ainda, a exportação de energia elétrica de forma comercial para Argentina, de 1.138 MWmédios, e Uruguai, de 482 MWmédios. Tudo isso sem prejudicar a segurança energética nacional bem como os serviços oferecidos aos consumidores brasileiros. Além desses montantes, a partir de 12 de março, a exportação também foi proveniente de usinas termelétricas que não estavam sendo utilizadas para atendimento ao SIN, agregando mais 269 MWmédios para a Argentina.

O ONS informou, ainda, que a Agência Norte-Americana dos Oceanos e Atmosfera (NOAA) decretou, em março, o fim do fenômeno La Niña. Há indicativo de que o fenômeno El Niño se estabeleça no segundo semestre de 2023, o que normalmente aumenta a precipitação na região Sul.

Também na reunião, o ONS, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram os dados da 1ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – 2023-2027, realizado no final de março. Para 2023, o crescimento previsto é de 2,6% na carga, sem considerar a micro e minigeração distribuída – MMGD. No estudo, a expectativa de crescimento do PIB em 2023 foi revisada de 0,7% para 1,0%.

Sobre a redução das chuvas, o colegiado informou que já houve o encerramento da política de operação em condição de cheia nas bacias dos rios São Francisco e Grande, com redução das defluências. Além disso, foi destacado a verificação do encerramento de excedentes hidrelétricos nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, permanecendo apenas no Norte.

Informações Técnicas:

Condições Hidrometeorológicas: em março, a bacia do rio Paranapanema e o trecho incremental a UHE Itaipu apresentaram valores de precipitação acima da média. Nas bacias dos rios Iguaçu e Tocantins, os totais de precipitação ficaram próximos à média, enquanto que nas demais bacias hidrográficas com relevante participação de geração hidrelétrica predominaram totais inferiores à média histórica. Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores acima da média histórica nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, com 103%, 116% e 103% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente. O Nordeste foi o único que apresentou condições inferiores à MLT, com cerca de 56% da média para o mês. A ENA agregada do SIN registrou índice de 98% MLT.

Em abril, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas, com condições de 79%, 66%, 41% e 93% para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No que diz respeito ao SIN, o estudo indica condições de afluência de 77% da MLT, sendo o 11º menor para abril do histórico de 92 anos.

Energia Armazenada: em março, foram verificados armazenamentos equivalentes de 83,1%, 82,9%, 91,4% e 97,7% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN o armazenamento ao final de março foi de 85,3%.

Para o final de abril, a expectativa é de 86,7%, 82,7%, 91,5% e 100% da EARmáx, considerando o cenário inferior, enquanto o cenário superior há a previsão de 87,0%, 78,4%, 93,3% e 100% da EARmáx. Para o SIN, os resultados para o fim do mês devem ser de 87,9% da EARmáx para o cenário inferior e 88,2% para o cenário superior.

Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em março de 2023 foi de aproximadamente 713 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, 386 km de linhas de transmissão e 2.350 MVA de capacidade de transformação. Assim, em 2023, a expansão totalizou 2.740 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 2.147 km de linhas de transmissão e 5.516 MVA de capacidade de transformação. Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2023 foi de 3.032 MW, atingindo o total de aproximadamente 19,4 GW instalados no país.

O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.

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