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RESERVATÓRIOS ENCERRAM PERÍODO SECO EM CONDIÇÕES MAIS FAVORÁVEIS QUE 2021

Autor:
ONS

 Dados foram apresentados pelo ONS ao CMSE e são resultado de um nível de chuvas satisfatório e da boa gestão do Operador no uso dos recursos hídricos

A boa gestão dos reservatórios do país realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), associada a um nível satisfatório de chuva, fizeram com que os reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) terminassem o período seco, agora em outubro de 2022, com níveis de armazenamento muito superiores aos registrados no ano passado. Os dados atualizados, assim como os cenários para atendimento da demanda de energia nos próximos seis meses, foram apresentados na reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

A análise dos dados da Energia Armazenada (EAR) numa perspectiva de maior prazo demonstra que os resultados aferidos em 2022 são, por exemplo, os melhores para o mês no subsistema Sudeste/Centro-Oeste na última década: 51% em setembro de 2022, o maior percentual desde 2011 (65,4%) e 34,2 pontos percentuais superior ao mesmo período de 2021. Ainda na linha de resultados favoráveis, os reservatórios do Norte fecharam setembro com 75,4%, patamar inédito já verificado na região para a época. O Nordeste não chegava ao nível de 66,3%, verificado em setembro, desde 2009 quando registrou volume de água de 70,1%, ou seja, há 13 anos. Já as usinas do Sul, não chegavam ao resultado de 83,3%, apontados no último dia 30 do mês passado, desde 2013, quando bateram em 95,7%.

“As projeções para o final de março de 2023 indicam o pleno atendimento de energia e de potência, isso significa que há recursos suficientes para atender todo o consumo previsto. O dado é positivo e fortalece a segurança do atendimento da demanda por eletricidade da sociedade nos próximos meses. O ONS adotou medidas importantes na gestão dos recursos hídricos e estamos vendo que elas foram acertadas”, afirma o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.

As projeções para o final de março de 2023 indicam que a EAR no Sudeste/Centro-Oeste deverá atingir níveis entre 48,6% e 91,5% considerando os cenários conservador e favorável, respectivamente. Nos demais subsistemas, as estimativas para o final do mesmo período também apontam para cenários positivos. O subsistema Nordeste deve atingir níveis entre 65,6% e 92%. No Sul, as previsões indicam níveis entre 36,9% e 79,9% em março de 2023. Por fim, a indicação para o subsistema Norte é de níveis entre 94,6% e 99,5%, ambos patamares superiores a março de 2021 (77,9%). Os dados expostos anteriormente são todos ordenados na hipótese mais crítica e na mais favorável.

A Energia Natural Afluente (ENA) estimada para o período outubro a março de 2023 considerando, respectivamente, os cenários mais conservador e mais otimista em cada um dos subsistemas é: 69% e 104% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 64% e 66% da MLT no Sul; 65% e 103% da MLT no Nordeste; e 94% e 130% da MLT no Norte. Com relação ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a previsão do mesmo índice para o período outubro a março do ano que vem é de 73% da MLT no cenário mais desfavorável e de 106% da MLT em condições mais positivas.​

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