Com papel importante na transição energética, esse tipo de fonte de energia substitui sistemas que utilizam combustíveis fósseis, combatendo o aquecimento global
Dando continuidade à série Renováveis, o Ministério de Minas e Energia (MME) irá abordar nesta semana a energia solar. Como o próprio nome diz, é a fonte ecológica que é captada do sol. Esta é uma energia considerada importante dentro da transição energética, pois substitui sistemas de energia que utilizam combustíveis fósseis, combatendo assim o aquecimento global.
Esse tipo de produção de energia renovável é bom para o meio ambiente, para a economia e para as pessoas. Existem duas formas de utilização da energia solar. A primeira é a fotovoltaica, em que placas solares convertem a radiação solar em energia elétrica. A outra é a térmica, utilizada para o aquecimento de água, presente no Brasil em residências, e também em usinas heliotérmicas, com a conversão da água em vapor, para movimentar turbinas que acionam geradores.
A principal matéria-prima das placas fotovoltaicas é o silício, um mineral com alta disponibilidade no Brasil. A extração desse minério é a etapa com maior impacto no meio ambiente. Entretanto, durante a vida útil dos equipamentos, não há emissão de gás carbônico. Além disso, boa parte dos empreendimentos ligados à energia solar atuam com compensações socioambientais nas regiões em que as placas são instaladas.
A tecnologia possível para transformar a energia do sol em eletricidade foi inventada no final do século XIX, por meio da criação da célula solar. Atualmente, o Brasil conta com mais de 18 mil placas solares instaladas em território nacional, capazes de produzir uma potência de 10,3 Gigawatts na geração fotovoltaica centralizada.
O país tem intenções de realizar projetos voltados para energia solar até 2032. São projetos para acrescentar cerca de 37,1 GW com investimentos de mais de R$115 bilhões nos próximos anos.
O MME avalia que o crescimento do setor é importante para o Brasil desde que seja realizado de forma sustentável e acompanhado de segurança para o sistema elétrico brasileiro.
Recorde
De acordo com dados disponibilizados pela Aneel, a expansão da capacidade instalada da matriz elétrica foi de cerca de 7 Gigawatts (GW) entre janeiro e agosto de 2023. Desse total, 6,2 GW têm origem nas fontes solar e eólica. Na série histórica, este ano está apresentando o maior aumento médio da geração solar e da geração eólica. De acordo com dados do Balanço Energético Nacional – BEN, em 2022, as fontes renováveis compreendem 87,9% de toda a matriz elétrica do Brasil, uma referência internacional em energia limpa.
Entre janeiro e agosto de 2023, houve o maior incremento da capacidade de geração solar centralizada da história no Brasil. Em 2022, por exemplo, o acréscimo no ano todo foi de 2,5 Gigawatts, inferior aos 3 GW já instalados entre janeiro e agosto de 2023.
Energias da Amazõnia
O programa Energias da Amazônia visa garantir a qualidade e a segurança do suprimento de energia elétrica para a população da Amazônia Legal. A iniciativa promove a redução na geração a partir de óleo diesel, a emissão de CO2 e os encargos do setor elétrico brasileiro que são pagos por todos os consumidores de energia elétrica.
A inserção de fontes renováveis e de armazenamento na geração de energia elétrica, como a energia solar com baterias, é uma das soluções em regiões isoladas, garantindo assim melhor qualidade de vida para a comunidade.
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