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de energia da sua empresa.

Fazendas em Minas geram energia solar mais barata

Depois de atender pequenos comércios e indústrias, empresas estão levando eletricidade fotovoltaica para residências com descontos, em média de 15%, e adesão sem investimento

Fazenda solar em Pirapora, a maior da América Latina, instalada pela Solatio que investe agora R$ 1 bilhão em fazendas de geração distribuida (foto: Solatio/Divulgação)

Pela primeira vez em décadas, os consumidores residências de energia tem opção de mais de um fornecedor. Nessa corrida pelos clientes, até então “cativos” da concessionária estadual, estão várias companhias que investiram em fazendas solares no estado para atender a essa demanda.

Depois de investir na construção e compra de fazenda solar no estado e atender a clientes do comércio, serviço e indústria de pequeno porte, empresas como Órigo, Solatio Energia Livre e a Cemig Sim – braço da estatal mineira para energia alternativas e eficiência energética – se voltam agora para o mercado residencial de olho num potencial da ordem de 7 milhões de unidades em todo o estado.

Após investimentos de R$ 100 milhões em parceria com a GD Solar e de atingir 52 megawatts(MW) de capacidade, a Cemig Sim, que já tem cerca de 2 mil clientes comerciais atendidos por suas usinas solares, inicia em novembro o atendimento a consumidores residenciais, com a expectativa de chegar a mil contratos até o fim do ano nesse segmento.

A Órigo, que no ano passado e neste está investindo R$ 400 milhões na instalação de fazendas solares e conta com cerca de 5 mil clientes em carteira, também iniciou este ano a comercialização de energia para consumidores residenciais e já atende a pouco mais de 1.900 consumidores nessa categoria.

Investimento em Minas

A empresa tem hoje 10 fazendas com capacidade para gerar 40 megawatts (MW) de energia a partir da luz solar. Já a Solatio Energia Livre, uma joint-venture entre a espanhola Solatio – maior desenvolvedora de projetos solares da América Latina – e a CMU Energia, empresa mineira de comercialização de energia, anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para atender apenas a geração fotovoltaica distribuída.

“Cada um que sair deixa uma conta maior para os que ficam no sistema elétrico e essa é uma conta que tem que ser feita de forma desapaixonada”, Walter Fróes, CEO da Solatio Energia Livre(foto: Solatio/Divulgação)

A Solatio está elevando sua capacidade de geração de 20 MW para 60 MW este ano e deve chegar a 200 MW. “Nós começamos a operar no início do ano e hoje temos cerca de 7 mil clientes em carteira, sendo que aproximadamente 1.200 são pessoas físicas”, informa Walter Fróes, CEO da Solatio Energia Livre.

De acordo com ele, a Solatio, responsável pela implantação da maior usina fotovoltaica da América Latina, em Pirapora, com capacidade para gerar 321 MW, está investindo R$ 20 bilhões na instalação de 15 usinas no estado até 2023. “Desses, R$ 1 bilhão vão ser destinados à geração distribuída”, frisa Fróes.

Parceria para subsidiária

A Cemig Sim investirá mais R$ 100 milhões em 2021 para elevar, via participação de 49% nos empreendimentos, sua capacidade para 104 MW, enquanto a Órigo vai gerenciar nove usinas que estão sendo implantadas no estado pela GD Solar, parceira também da subsidiária da estatal mineira.

Juntas, essas empresas terão nos próximos anos uma capacidade instalada superior a 400 MW. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios Sim, João Paulo Campos, cada usina de 5 MW (limite para enquadramento na geração distribuída) pode atender a cerca de 200 clientes comerciais ou a aproximadamente mil unidades residenciais.

Isso significa que se destinarem apenas 30% da capacidade para o público residencial poderão atender a 24 mil residências, ou uma população de cerca de 100 mil habitantes.

Descontos e facilidades

Com todo esse potencial, as empresas planejam ampliar rapidamente suas carteiras de clientes com a oferta do desconto médio de 15% na conta de luz e a facilidade de adesão à geração distribuída fotovoltaica.

“O consumidor tem o desconto de 15% na conta e está protegido das bandeiras tarifárias. Além disso, os créditos de energia (gerados como a produção é maior do que o consumo), podem ser usados posteriormente”, afirma o diretor Comercial da Órigo, Rodolfo Molinari.

Ele acrescenta que a adesão do cliente é feita por um plano de assinatura contratado pelo site da Órigo. A meta da empresa é dobrar a carteira de clientes e chegar a 10 mil contratos no curto prazo.

“Nós desenvolvemos um produto diferenciado para dar ao consumidor a percepção de desconto mais nítida”, diz João Paulo. De acordo com ele, esse desconto será definido a partir da comercialização do plano residencial de geração distribuída, mas deve ficar em linha com o praticado no mercado.

Para as empresas, o desconto da Cemig Sim na conta de luz chega a 18%. “O investimento do cliente é zero, sem qualquer necessidade de adaptação e pode ser feito acessando o site e informando a conta de luz e será feita uma proposta de plano por email”, acrescenta o diretor da subsidiária de energia solar e eficiência energética da concessionária mineira.

Com funciona

O sistema é o mesmo usado pela Solatio Energia Livre, que oferece um desconto fixo de 15%. A adesão também é feita pelo site da empresa.

“Basta o titular da conta da Cemig acessar o site e seguir os passos no simulador. O sistema é inteligente e calcula a necessidade da casa, apartamento ou empresa e indica a quantidade de kWh por mês a ser alocada pela Solatio Energia Livre. Esse kWh é 15% mais barato se comparado ao preço cobrado pela Cemig”, diz a empresa.

Walter Fróes lembra que mesmo gerando o suficiente para seu consumo, o cliente terá que pagar a taxa mínima para a Cemig, que é de R$ 95 nas ligações trifásicas, R$ 47 nas bifásicas e R$ 28 nas monofásicas, equivalentes, respectivamente ao consumo de 100 kWh, 50 kWh e 30 kWh.

Crescimento é acelerado

O Banco Bradesco em Minas e a rede Supermercados BH acabam de optar pela energia solar da Solatio Energia Livre para atender as suas unidades no estado.

As duas empresas se juntam aos centenas de milhares de consumidores de todo o país que hoje estão conectados a uma fonte de energia fotovoltaica. E a perspectiva é de que nos próximos anos ocorra uma explosão de clientes da fonte renovável, com investimentos e geração de emprego.

“O crescimento do setor vai tornar a energia solar mais acessível do ponto de vista econômico. E estamos falando de uma cadeia que envolve a indústria, a instalação e a manutenção dos equipamentos”, afirma Cyro Boccuzzi, sócio-fundador da ECOee, ex-vice presidente da Eletropaulo e integrante do Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE).

A previsão da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaíca é que neste ano sejam gerados, mesmo com a pandemia, 120 mil empregos no setor.

Apenas no primeiro semestre deste ano a geração distribuída teve crescimento de 77% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Hoje, o setor de geração distribuída no Brasil conta com 15 mil empresas, mais de 300 mil sistemas instalados e capacidade de gerar 3.900 megawatts (MW) de energia.

Um dos fatores que deve acelerar a expansão é a redução de custos da tecnologia. “Um painel fotovoltaico hoje custa 10% do que custava há 10 anos”, observa Walter Fróes, da Solatio. “Dentro do custo total da construção de um imóvel, essa estrutura (solar) representa pouco mais de 1%”, reforça Boccuzzi.

Outro fator que vai impulsionar o crescimento da energia solar é a economia para os consumidores. A Cemig Sim estima que a redução de custos para os seus cerca de 2 mil clientes já ultrapasse os R$ 7 milhões. Cliente da subsidiária da Cemig, o Mercado Central de Belo Horizonte informa que teve uma redução mensal de R$ 6.300 na conta de energia com o uso da geração distribuída.

Taxa não ameaça corte de custo

Otimistas com a perspectiva de expansão do mercado consumidor de geração distribuída, as empresas de energia solar já admitem que a remuneração das distribuidoras pelos consumidores da eletricidade gerada por essa fonte não devem inviabilizar os descontos oferecidos pelos clientes nos próximos anos.

“Essa questão foi levada muito para o lado político e isso paralisou a discussão, que deve ser retomada no ano que vem”, observa Walter Fróes, CEO da Solatio Energia referindo-se à resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que muda os critérios de compensação dos créditos de energia para geração distribuída.

Hoje, quando o consumidor gera sua energia num volume superior ao que consome pode compensar esse excedente que foi injetado na rede elétrica na base de 1 Kwh gerado por 1 kWh consumido. Com a entrada em vigor da resolução, a concessionária não mais compensará os créditos nessa proporção e a energia gerada pelo consumidor terá um valor menor do que a que ele consome. O que está em discussão é de quanto será esse percentual, que é chamado de taxa do fio.

“É preciso considerar que a Aneel discute a resolução sem tocar em direitos adquiridos, o que significa que os planos negociados não devem ser afetados com a vigência da resolução”, lembra Fróes, que considera justo que o “frete” das distribuidoras seja reajustado. Ele frisa, no entanto, que esse percentual deve ser razoável e não o mais danoso para os consumidores como sugerido pela Aneel. “Cada um que sair deixa uma conta maior para os que ficam no sistema elétrico e essa é uma conta que tem que ser feita de forma desapaixonada”, diz o CEO da Solatio Energia Livre e presidente da CMU Energia, que opera no mercado livre.

“A Aneel fez uma proposta para geração distribuída e exagerou e, da forma como foi colocado, ficaria praticamente inviável, mas hoje tem projeto de lei tramitando com perspectiva muito mais plausível para a geração distribuída”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig Sim, João Paulo Campos. Ele lembra que as discussões acaloradas num primeiro momento, quando se falou em taxação do sol, devem ser retomadas com uma perspectiva de desfecho que atenda os investimentos em geração distribuída.

Para o diretor comercial da Órigo, Rodolfo Molinari, a proposta de remuneração para as distribuidoras, que vem sendo discutida há dois anos, tem que ser avaliada de forma mais técnica. Segundo ele, as distribuidoras recebem pela conexão das fazendas solares e de todos os consumidores, uma vez que mesmo os que têm geração solar ao se conectar na rede têm que pagar um consumo mínimo pelo tipo de conexão da unidade consumidora. “O pagamento de uma taxa de uso do fio não inviabiliza, mas a questão é de quanto será essa taxa e isso hoje é visto pela Aneel e o Congresso como tendo que ser justa”, diz Molinari.

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Com Usina do Galo, Atlético-MG se torna autossustentável com energia limpa e renovável

Clube usa energia solar em parceria com patrocinador em Verdelândia, cidade no norte de Minas Gerais, tem redução de R$ 2 milhões nas contas e encaminha parceria por 20 anos

Ao mesmo tempo em que reforçava o elenco nos últimos meses para voltar a ser referência de bom futebol no Brasil, o Atlético Mineiro agiu fora dos gramados para alcançar algo inédito na gestão da modalidade. O clube se tornou o primeiro do País a ser autossustentável em energia, produzindo o que consome nas suas quatro estruturas, sendo ela toda limpa e renovável.

Isso é possível graças a um acordo com a Solatio Energia Livre. A empresa é patrocinadora do Atlético-MG desde 2017, mas em abril deste ano, em meio à pandemia do coronavírus, essa relação se ampliou. Através de um acordo comercial, agora são parceiros para a geração de energia fotovoltaica, aquela que vem do sol, armazenadas em gigantescas placas.

A produção é utilizada para abastecer a Cidade do Galo, o centro de treinamentos do clube, a sede administrativa no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, além dos seus espaços sociais, o Labareda e a Vila Olímpica. Para alimentar essas estruturas, a Solatio montou, na cidade de Verdelândia, no norte de Minas Gerais, a Usina do Galo, onde é gerada a energia fotovoltaica.

Popularmente conhecida como energia solar, ela é obtida a partida da conversão da luz em eletricidade, sendo 100% limpa e renovável. A usina possui área de 3 hectares, tendo em sua estrutura 2.700 módulos, capazes de gerar uma potência de 750 kWats, sendo que a sua produção média mensal é de 200 megawatts. Ou seja, tem energia de sobra.

O acordo está inserido em um modelo de geração distribuída, que envolve a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A energia produzida na Usina do Galo é jogada na rede da distribuidora, que a contabiliza e cobra pelo serviço. A quantidade, então, é abatida do consumo do Atlético-MG em Belo Horizonte, a cerca de 500 quilômetros de Verdelândia. O saldo é positivo para o clube, já que o consumo médio, no somatório das suas quatro estruturas, é de 180 megawatts por mês.

“A gente produz a energia nesta planta e joga na rede da distribuidora, que é a Cemig. O Atlético consome através de uma contabilização na conta mensal. Quando ele recebe a conta, tem um consumo positivo. Mas como ele é proprietário da usina, por um contrato de locação, ele tem um negativo pela geração da usina. A rigor, o Atlético é totalmente sustentável, através da fonte solar da usina no norte de Minas”, explica João Victor Santos, sócio da CMU e diretor da Solatio.

A escolha da cidade no norte de Minas Gerais tem uma razão. A região possui elevado índice solarimétrico, que mede o potencial de insolação em um espaço, algo fundamental para a produção de energia do projeto.

Além disso, a legislação permite que se produza a própria energia. Nesse sentido, a de Minas Gerais é uma das mais avançadas, pois não há incidência do ICMS para o tipo de estrutura produtora de energia utilizada pelo Atlético-MG, algo que foi aproveitado pelo clube e pela Solatio para viabilizar a parceria. “A operação de compensação tem alguns critérios tributários que impactam. A legislação de Minas fala que para empreendimentos com até 5 megawatts de potência instalada, você não paga o ICMS no consumo da energia”, explica o diretor da Solatio, empresa que possui acordos parecidos em Minas Gerais com o Bradesco e a rede varejista Supermercados BH, patrocinadora do Cruzeiro.

No caso do Atlético-MG, pelo acordo inicial, a empresa recebe, como contrapartida do clube, a exibição da sua marca dentro do número do uniforme da equipe principal. A estimativa é que o time tenha uma economia de R$ 2 milhões nos 18 primeiros meses do contrato. Posteriormente a esse período, nos 20 anos seguintes, a equipe terá desconto de 10% em sua conta de energia.

“O Atlético passa por um processo de mudança de gestão, com consultoria, com SAP, e uma parte muito discutida é a questão da sustentabilidade. De cuidarmos para ter um planeta melhor para as futuras gerações. Mas também gerando economia para o clube, sendo algo sustentável”, afirmou Leandro Figueiredo, diretor de negócios do Atlético-MG, destacando como o acordo traz benefícios financeiros ao clube, além da sua importância para a sustentabilidade.

A iniciativa também mostra que é possível no futebol avançar em sua administração sem perder o foco do seu bem maior, que é o time de futebol. Sob o comando de Jorge Sampaoli, o Atlético-MG é um dos líderes do Campeonato Brasileiro, candidato a brigar pelo título com Flamengo e Internacional.

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Energia limpa é opção 15% mais econômica

Não há dúvida de que com o aumento do número de pessoas em casa e com o clima mais quente, o consumo de energia elétrica disparou. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acaba de divulgar que foi registrado um aumento de 0,9% no consumo de energia elétrica em agosto deste ano se comparado ao mesmo período de 2019.

Então, por que não optarmos por uma energia mais ecológica e barata em 15%? Segundo Walter Fróes, CEO da Solatio Energia Livre, uma joint venture entre a espanhola Solatio, há 20 anos no mercado e maior desenvolvedora de projetos solares da América Latina, e a mineira CMU, tradicional comercializadora de energia do Brasil, a opção por consumir energia 100% sustentável gera uma redução de 15% nas contas luz do consumidor, além da redução de toneladas de CO2 na atmosfera a cada mês.

A Solatio Energia Livre, com cerca de 900 hectares em painéis solares e um potencial energético de 780.300 MWh/ano, tem projetada a capacidade para abastecer mais de 162 mil casas e pontos comerciais em Minas. Para se ter uma ideia, sem a geração de energia limpa da companhia, seria necessário o plantio de quase 35 mil árvores para compensar essa redução de CO2.

“Cerca de R$ 21 bilhões serão investidos, até 2023, em usinas fotovoltaicas no Estado de Minas Gerais. Desse total, R$ 1 bilhão estão destinados à geração distribuída, para atendimento a residências e pequenos estabelecimentos comerciais, e os outros R$ 20 bilhões a usinas de grande porte, para fornecimento de energia a distribuidoras e consumidores de grande porte, como indústrias e shopping centers.

“Diversas cidades mineiras serão contempladas com a instalação das usinas, dentre elas Mirabela, Paracatu, Pirapora, Janaúba e Manga”, complementa Fróes. Ele acrescenta que há grandes projetos em curso, como as usinas de Uberlândia, São Sebastião do Paraíso, Patos de Minas, Três Corações, Varginha entre outras cidades, que irão injetar energia limpa e mais barata para consumidores de praticamente todo o Estado.

Como aderir? – Com o atendimento 100% digital, a adesão é muito mais simples e prática: basta o titular da conta da Cemig acessar o endereço solatioenergialivre.com.br e seguir os passos no simulador. O sistema é inteligente e calcula a necessidade da sua casa, apartamento ou empresa e indica a quantidade de kWh por mês a ser alocado pela Solatio Energia Livre.

Esse kWh é 15% mais barato se comparado ao preço cobrado pela Cemig. Além de não ter necessidade de obras, o consumidor tem adesão gratuita. Se não utilizar 100% dos kWh contratados, o restante fica acumulado para usar nos próximos cinco anos. Atualmente, mais de 1 milhão de painéis solares estão projetados para injetar energia direto na rede Cemig.

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Solatio Energia Livre vê tendência de ampliação da atratividade da GD no Brasil

Com um plano de investimento de R$ 1 bilhão em geração solar distribuída (GD), a Solatio Energia Livre acredita que a modalidade se tornará cada vez mais atrativa ao consumidor brasileiro. A empresa, uma joint venture entre a espanhola Solatio e a Mineira CMU, aplicará o valor até 2023 na construção de 60 a 80 usinas de 5 MW na área de concessão da CEMIG, em Minas Gerais.

O CEO da companhia, Walter Fróes, explicou que esse planejamento não sofreu nenhuma alteração com o cenário de pandemia de COVID-19. “A pandemia levou a uma maior procura por redução de custos e é isso que nós oferecemos, além de sustentabilidade e segurança de suprimento. Essa equação é positiva em qualquer momento, mais ainda em um período difícil como o atual”, disse o executivo, em entrevista ao Portal Solar.

Na avaliação de Fróes, o cenário não trouxe prejuízo direto aos planos e até torna a GD um investimento mais atrativo. “A Conta-covid foi aprovada para contemplar as distribuidoras e isso vai refletir nas tarifas, trazendo uma elevação além do normal. É uma dívida que tem que ser paga e tornará a modalidade GD ainda mais desejável.” Ele acrescenta que a empresa tem expectativa de atender um público de 150 mil a 200 mil consumidores.

Em relação às discussões no Congresso e na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o executivo afirma que a Solatio crê que os contratos concretizados antes de qualquer mudança não serão afetados. “Tentamos acelerar ao máximo nossos investimentos. Temos convicção de que qualquer alteração aprovada não vai afetar direitos já adquiridos. Não temos receios de novidades e o que vier será avaliado, mas no momento trabalhamos com tranquilidade com o regramento atual.”

Com as recentes mudanças na legislação para igualar às condições favoráveis a GD de Minas Gerais, o Rio de Janeiro se tornou um potencial alvo de futuros investimentos da empresa. “Temos planos para outras áreas e o Rio de Janeiro está se adequando aos moldes de Minas Gerais. Tantos as concessões e da Light e da Enel tem patamares de tarifas que trariam um desafio de negócios na mesma grandeza que existe com a CEMIG”, avaliou Fróes.

Além do investimento em GD, a Solatio Energia Livre também irá aportar R$ 20 bilhões em usinas de grande porte. Em julho, a empresa firmou um contrato de venda com a Brookfield Energia Renovável de um complexo solar com 1.200 MWp de potência instalada. O empreendimento, localizado em Janaúba (MG), totaliza um investimento estimado em R$ 3 bilhões. “Conseguimos essa negociação em meio a pandemia, o que mostra a confiança que os investidores estrangeiros têm no setor de energia renovável do Brasil”, destacou o executivo.

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Rei Sol

Solatio Energia Livre, “joint venture” entre a espanhola Solatio e a mineira CMU, se consolida em Minas com investimentos de mais de R$ 1 bi em energia solar. Injetando energia, 100% sustentável, a companhia tem capacidade projetada para abastecer mais de 162 mil casas e pontos comerciais, reduzindo a emissão de quase de cinco mil toneladas de CO2 a cada mês. Totalmente ecológica, leva energia limpa e mais barata a quase todas as cidades mineiras.

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Solatio investirá R$ 1 bi em geração distribuída

A Solatio Energia Livre já tem 900 hectares de painéis solares, capazes de abastecer mais de 162 mil casas e pontos comerciais | Crédito: Divulgação

Dos R$ 21 bilhões a serem investidos até 2023 pela Solatio Energia Livre, joint venture entre a espanhola Solatio e a mineira CMU Comercializadora de Energia, em usinas fotovoltaicas no Estado, R$ 1 bilhão está sendo destinado à geração distribuída. Ao todo, serão construídos de 80 a 100 parques de 5 megawatts (MW) de potência cada, visando o atendimento a residências e pequenos estabelecimentos comerciais mineiros.

De acordo com o CEO da empresa, Walter Fróes, pelo menos R$ 150 milhões já foram investidos no segmento, desde o ano passado, para a implementação de seis usinas que já se encontram em operação. Outras 10 deverão iniciar os trabalhos até o fim de 2020.

“A previsão inicial era de que essas unidades geradoras entrassem em operação em fevereiro, mas por problemas na conexão, o processo foi iniciado em junho. Já são 7 mil clientes ativos, entre pessoas físicas e jurídicas, e a expectativa é encerrarmos o exercício com 100 mil consumidores atendidos”, revelou.

De acordo com o executivo, o projeto prevê, no mínimo, 80 mil clientes nos próximos meses na modalidade de geração distribuída. Mas o número possivelmente será extrapolado dado o potencial do setor e o nível de interesse das pessoas pelo serviço.

POTENCIAL ENERGÉTICO DA EMPRESA É DE 780.300 MWH/ANO

Fróes pelo menos R$ 150 mi já foram investidos no segmento | Crédito: Divulgação/Solatio

Com cerca de 900 hectares em painéis solares e um potencial energético de 780.300 MWh/ano, a Solatio tem projetada a capacidade para abastecer mais de 162 mil casas e pontos comerciais de pequeno porte, como açougues, padarias, mercadinhos, etc.

O atendimento é 100% digital e a adesão é feita por um sistema calcula a necessidade da sua casa, apartamento ou empresa e indicando a quantidade de kWh por mês a ser alocado pela empresa. Isso mediante um desconto de 15% na tarifa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

“Além de não ter necessidade de obras, o consumidor tem adesão gratuita e se não utilizar 100% dos kWh contratados, o restante fica acumulado para usar nos próximos cinco anos”, argumentou o CEO da empresa, Walter Fróes.

Diversas cidades serão contempladas com a instalação das usinas, como Mirabela, Paracatu, Pirapora, Janaúba e Manga. E já há alguns projetos em curso, como as usinas de Uberlândia, São Sebastião do Paraíso, Patos de Minas, Três Corações e Varginha.

Os outros R$ 20 bilhões a serem aportados pela companhia serão destinados à construção de usinas de grande porte, para fornecimento de energia a distribuidoras e consumidores de alta tensão, como indústrias e shopping centers. O anúncio foi feito há um ano, pelo próprio governador Romeu Zema (Novo), por meio das redes sociais.

As fazendas solares somarão uma capacidade instalada de mais de 9 gigawats (GWp) no Estado. Na época, Zema disse que o investimento proporcionará a Minas Gerais maior abundância de energia e maior competitividade no setor.

Sobre estes projetos, Fróes citou a venda, no mês passado, de um complexo solar de 1,2 GWp por R$ 3 bilhões à Brookfield Energia Renovável. O empreendimento ocupa uma área de mais de 3 mil hectares no município de Janaúba, Norte do Estado e compreende 20 parques em fase final de desenvolvimento, cuja construção está prevista para iniciar ainda este ano. A conclusão está prevista para 2022 ou 2023.

FABRICANTE DE PÁS OBTÉM R$ 37,5 MI COM BNDES

A Aeris produz pás para empresas que fabricam turbinas eólicas, o que inclui clientes como Vestas, GE e Nordex | Crédito: Arquivo DC

São Paulo – A fabricante de pás para geração de energia eólica Aeris teve aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um empréstimo de R$ 37,5 milhões, informou a instituição financeira ontem.

A operação foi anunciada pouco depois de a empresa ter registrado pedido para realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quinta-feira.

Os recursos vão apoiar principalmente a aquisição de materiais industrializados de origem nacional pela Aeris, para uso em sua unidade produtiva em Pecém, no Ceará, acrescentou o BNDES em nota.

O financiamento também ajudará a Aeris a cumprir contratos de venda de pás a clientes entre 2020 e 2022, segundo o banco, que disse que esses pedidos levarão a empresa a fechar 2020 com 4.570 funcionários, contra 3.627 em 2019.

Criada em 2010, a Aeris produz pás para empresas que fabricam turbinas eólicas, o que inclui clientes como Vestas, GE, Nordex e WEG.

A companhia contratou BTG Pactual, XP, Morgan Stanley, Santander Brasil, Citi e Safra para realização da oferta de ações, que visará permitir que 12 atuais acionistas pessoa física vendam fatias no negócio e a obtenção de recursos novos para o caixa. (Reuters)

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Brookfield investe mais de R$ 4 bilhões em parques solares

Aposta de fundo canadense inclui complexo fotovoltaico de 1 mil MW em Minas e
projetos no Ceará

A Brookfield tem uma aposta de longo prazo no Brasil. Foi assim na crise de 2014/2015 e está sendo agora”, diz André Flores — Foto: Divulgação

Em plena crise gerada pela pandemia de covid-19, o fundo canadense Brookfield está investindo de R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões em energia fotovoltaica no Brasil. Até 2023, a fonte solar deverá alcançar 1,5 mil megawatts (MW) de potência e praticamente igualar a capacidade instalada de outros ativos da Brookfield em energias renováveis no país – usinas eólicas ou de biomassa, hidrelétricas de maior porte e pequenas centrais (PCHs).


O movimento deu passos significativos nos últimos seis meses, período em que a pandemia afundou o nível de atividade econômica e derrubou as projeções de carga para o setor elétrico nos próximos anos, além de ter reduzido ao piso o valor da energia no mercado de curto prazo (spot).

Na semana passada, a Brookfield firmou contrato com a multinacional espanhola Solatio para aquisição de um complexo solar com cerca de 1 mil MW de potência em Janaúba, no norte de Minas Gerais. Com aportes de R$ 3 bilhões e obras com início previsto para o fim deste ano, será o maior parque fotovoltaico da América Latina quando estiver em pleno funcionamento, em meados de 2023 – a entrada em operação será gradual. Toda a energia irá para o mercado livre (grandes consumidores) e mais de 70% da produção já foi contratada, segundo André Flores, executivo responsável na Brookfield Asset Management por energias renováveis no Brasil.

“A gente entende que o mundo está passando por um período de enorme incerteza, mas a Brookfield tem uma aposta de longo prazo no Brasil. Foi assim na crise de 2014/2015 e está sendo assim agora”, afirma Flores. Segundo ele, não há uma meta ou limite de investimento pré-definido para a área de energias renováveis no país. “O nosso apetite depende muito mais de termos projetos de boa qualidade e com bom retorno ao acionista. Se você me perguntar por que acabaram sendo investimentos em solar, e não eólica, eu diria que foram as oportunidades mesmo.”


Flores avalia que hoje surgem poucas possibilidades de investimentos em usinas hidrelétricas e, paralelamente, as PCHs agregam menor capacidade instalada (têm até 30 MW). Todos esses ativos são agrupados na Brookfield Energia Renovável – um dos quatro braços do fundo no país.


Outra investida em energia solar é o complexo Alex, no Ceará, adquirido por R$ 1 bilhão em janeiro deste ano e com capacidade instalada de 278 MW. A geração foi negociada no ambiente de contratação regulada, em leilão organizado pelo governo federal em 2018, que atende às distribuidoras. Em obras, deverá iniciar o fornecimento em 2022.


A terceira aposta está prestes a ser anunciada, envolvendo o projeto Aratinga, também no Ceará e com entrega de energia a partir de 2023. Terá entre 150 MW e 200 MW. O investimento ficará em torno de R$ 400 milhões, segundo Flores, e a potência definitiva ainda depende da estruturação final do empreendimento. Toda a geração vai ser comercializada no mercado livre, mas nenhum contrato foi celebrado até agora.

Flores ainda vê espaço para o crescimento da fonte solar na matriz elétrica brasileira, por ter uma presença ainda modesta.. Mas garante que a desvalorização do real nos últimos meses não teve influência nas decisões de investimento, inclusive os projetos começaram a ser analisados no ano passado, antes das recentes rodadas de tombo no câmbio.


Já o espanhol Pedro Vaquer, presidente da Solatio e responsável por todo o desenvolvimento do projeto de 1 mil MW em Janaúba até a venda para a Brookfield, aponta a instabilidade cambial como um dos “inimigos cruciais” do Brasil para atrair investidores de fora. O outro, de acordo com ele, é o “jeitinho brasileiro”.

“Em um cartório, por exemplo, as coisas podem demorar um mês ou algumas horas. Tudo depende do jeitinho. E eu não preciso explicar a um brasileiro o que é jeitinho. É o principal gargalo para um estrangeiro entrar no país”, afirma Vaquer,em entrevista por videoconferência de Mallorca, nas Ilhas Baleares, onde tem passado a quarentena desde março. “Felizmente, nos níveis de governo em que atuamos, não enfrentamos isso. E preferimos perder projetos a ceder.”


A Solatio, que já estruturou projetos com 1.206 MW de potência no mercado regulado e agora se dedica à implementação de outros 11.854 MW no mercado livre, elogia a segurança jurídica e regulatória do sistema elétrico brasileiro. Vaquer avalia positivamente os esforços de “desburocratização” empreendidos pelo governo Jair Bolsonaro. “Sem nenhuma consideração política”, enfatiza.

Para o presidente da comercializadora CMU Energia, Walter Fróes, que assessorou a Solatio na transação com a Brookfield, o mercado livre tem “excelente” potencial de crescimento e tem atravessado a crise da pandemia com “níveis mínimos” de judicialização. Um segmento bastante promissor, segundo ele, são projetos de geração distribuída na modalidade remota – “condomínios” solares que geram fora dos grandes centros urbanos e levam a produção de energia para clientes empresariais.

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Norte de Minas receberá um dos maiores parques de energia solar do mundo

Será instalado em Janaúba, no Norte de Minas, o maior complexo solar das Américas. O empreendimento também será considerado um dos maiores do mundo e deve começar a ser construído ainda neste ano, com previsão de término até 2023. Inicialmente, devem ser gerados 600 postos de emprego diretos, e o investimento é de R$ 3 bilhões.

A produção de energia deve ser suficiente para abastecer 1,2 milhão de residências. O contrato entre a Solatio, desenvolvedora de projetos Solares, e a Brookfield Energia Renovável acaba de ser firmado, segundo Walter Fróes, que é consultor da Solatio e presidente da CMU, empresa parceira.

“É um mega parque, com uma capacidade instalada da ordem de 1200 megawatts. Isso é energia para abastecer 1,2 milhão de residências, aproximadamente. A construção deverá ser iniciada no segundo semestre deste ano e a energia começará a ser entregue no segundo semestre de 2022, completando toda a potência da usina no primeiro semestre 2023”, explica.

“Ela será injetada na rede básica. Claro que uma condição que você consiga construir um parque desses é que tenha disponibilidade para injetar energia no local”, detalha.

“Eu gostaria de abordar ainda que a Solatio está fazendo investimento em geração distribuída, que é outra modalidade, em que pretendemos entregar energia com desconto da ordem de 15% para residências e também para pequenos comércios, clínicas, consultórios, etc. Esse trabalho já começou. A partir de julho começaremos a abrir nossos plantas e, dentro de 12 meses, teremos um total de 60, 70 plantas prontas coisa objetivo. Isso significaria um investimento de mais R$ 1 bilhão em Minas”, completa.

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