Medida representa um crescimento médio de 3,4% ao ano entre 2021 e 2025
A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer em média 3,4% ao ano entre 2021 e 2025 e chegar a 80 gigawatts (GW) médios ao final do período, segundo o plano da operação energética do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O documento, divulgado nesta quinta-feira (25), prevê um aumento de 20 GW de capacidade instalada no país no período em relação a dezembro de 2020. Com isso, em 2025, o Brasil deve ter 186 GW de capacidade de geração.
Reservatórios das hidrelétricas
Segundo o ONS, na análise conjuntural determinística, os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste devem chegar ao final do período úmido de 2022 com 30,7% de armazenamento, considerando chuvas similares às de 2020 e 2021. Se considerados volumes de chuvas similares aos de 2017 e 2018, a capacidade chegaria a 43,8% de armazenamento.
Já para o período seco do próximo ano, considerando despacho térmico na base, há 29% dos cenários em que os reservatórios podem chegar a menos de 20% da energia armazenada máxima em novembro de 2022, considerando a partida com 30,7% de armazenamento ao final de abril de 2022.
“Nesta conjuntura, e estimando um ano a frente, verifica-se uma probabilidade de uso da reserva operativa nos meses de outubro e novembro de 2022”, indica o ONS.
O órgão ressalva, no entanto, que o cenário não considera a possibilidade de uso de recursos adicionais, como flexibilizações de restrições operativas hidráulicas, importação de energia de países vizinhos e flexibilização de critérios de transmissão, que trariam maior conforto para a operação do sistema.
De acordo com o operador, as análises para os anos de 2023 a 2025 indicam um equilíbrio estrutural do sistema, de acordo com os critérios de suprimento de energia indicados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Entretanto, segundo o órgão, avaliações preliminares apontam que, para o cumprimento total dos critérios de suprimentos de potência recomendados pelo CNPE, serão necessárias ações para aumentar a oferta de potência.
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