A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, no início de abril, o reajuste tarifário anual da CEMIG Distribuição. As novas tarifas irão vigorar a partir de 8 de abril deste ano, e por doze meses.
Para os consumidores cativos, esse reajuste terá um impacto médio de +7,07% nas despesas com energia elétrica. Os consumidores ligados na alta-tensão (2,3 kV ou mais), tal como as indústrias e grandes centros comerciais, serão impactados em aproximadamente +8,12%. Já os consumidores residências terão um aumento médio de 5,93% nas faturas de energia elétrica.
Os consumidores livres, que têm a energia contratada diretamente com geradoras e comercializadoras, são impactados somente nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD). Esses perceberão aumentos da ordem de 2% no total dos custos com energia elétrica.
Esse reajuste considerou itens que ainda não haviam sido repassados na Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de março, tais como o início do pagamento dos empréstimos feitos, por bancos e pelo tesouro nacional, às distribuidoras, as despesas com a constante utilização das termoelétricas, os efeitos da inflação sobre os contratos e sobre as tarifas de demandas, dentre outros.
Considerando como base a tarifa vigente de abril a dezembro de 2014, o aumento médio acumulado para consumidores cativos da CEMIG, após esse último reajuste, já ultrapassa os 50%. Lembrando que a partir de janeiro de 2015 iniciou-se o Sistema de Bandeiras Tarifárias, com vigência da bandeira vermelha, que representou aumentos de até 12% nas faturas dos consumidores em todo o Brasil. Adicionalmente, no início de março, houve uma revisão extraordinária de praticamente todas as distribuidora de energia elétrica, que representou aumentos de até 30% nas tarifas dos consumidores.
O reajuste de abril foi a última alteração nas bases das tarifas dos consumidores cativos da CEMIG Distribuição, que ainda estão sujeitas às bandeiras tarifárias. Pode-se ter uma redução no valor final das tarifas, ou seja, uma troca da bandeira vermelha para a amarela ou para a verde, mas isso dependerá de uma melhora, não esperada, nos níveis dos reservatórios das hidroelétricas.
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