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Nos próximos dias, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai encaminhar à agência reguladora do setor elétrico (Aneel) pleito para revisão tarifária anual. O percentual vai ser conhecido no fim do mês e não foi adiantado pela companhia, mas especialistas ouvidos pelo Estado de Minas estimam reajuste médio próximo de 10% na tarifa da energia elétrica residencial.

Apesar dos preços do ativo estarem em baixa no mercado de curto prazo, o reajuste vem para recompor custos das companhias do setor elétrico. No primeiro trimestre deste ano, a Cemig registrou lucro líquido de R$ 5,2 milhões, resultado 99,7% mais magro que o alcançado no mesmo período do ano passado. Para fazer frente ao caixa e ao lucro de menor porte, a companhia está fazendo também um plano de desinvestimento, colocando ativos à venda.

O diretor -executivo do Grupo Safira Energia, Mikio Kawai Jr calcula que o reajuste a ser autorizado pela Aneel para a Cemig, deve oscilar entre 7% e 10% para a tarifa residencial. Segundo ele, praticamente todo o setor elétrico vem enfrentando problemas de sobrecontratação de energia, com maior quantidade em estoque do que consegue vender. “O que vem afetando o caixa.” Walter Froés, diretor da CMU comercializadora de energia, prevê que o reajuste domiciliar pode variar entre 8% e 12% e é taxativo: “Acho impossível os preços caírem para o consumidor em um período anterior a cinco anos.”

A Cemig é a maior empresa integrada do setor energético do país. O diretor de finanças e relações com investidores da companhia, Fabiano Pereira, não informou quais as empresas estariam na lista para serem negociadas, mas disse que há interesse de investidores asiáticos em empresas brasileiras. Pereira também não detalhou o quanto a companhia pretende alavancar com as vendas de seus ativos. Para Walter Fróes o movimento de vendas deve ser forte. “Tudo que estiver fora de geração, transmissão e distribuição estará no radar para venda.”

Interesse Mikio Kawai considera que apesar da valorização da moeda norte-americana, que deixa o Brasil barato para estrangeiros, a Cemig pode fazer bons negócios. Para o executivo, o plano de desinvestimento tem sido uma conduta do setor, chega para fazer frente ao caixa combalido e pode encontrar boas propostas, principalmente vindas da China e Canadá. “O setor elétrico vem negociando ativos minoritários e que não fazem parte de sua atividade central.” Segundo ele, todos os ativos da Cemig que fugirem da atividade principal são candidatos a serem negociados.

Neste primeiro trimestre as vendas menores de energia impactaram negativamente o resultado da Cemig. Apostando em melhores preços no segundo semestre, a companhia inverteu a trajetória de vendas concentrado maior oferta para este período do ano, ao contrário de períodos anteriores, onde as vendas eram fechadas em maior volume de janeiro a junho.

O preço médio da energia despencou desde o início do ano, com o crescimento da oferta e queda da demanda por parte de consumidores residenciais e industriais. O PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) era cotado a R$ 388MW/h em 2015, nessa época do ano, agora caiu para R$ 70MW/h, mas no início deste ano já esteve valendo R$ 40MW/h.

RECEITA A Cemig estima em cerca de R$ 500 milhões o impacto na receita financeira com a indenização pelos ativos de transmissão anteriores a maio de 2000. O cálculo foi feito depois que o Ministério de Minas e Energia publicou os critérios para esse reembolso. Os valores homologados deverão ser recebidos em um prazo de oito anos a partir do reajuste tarifário de 2017 e também devem ter um impacto positivo no caixa.

 

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