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Desconto nas contas de luz repara erro de R$1,8 Bi

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Bra­sí­lia – A Agên­cia Na­ci­o­nal de Ener­gia Elé­tri­ca (Ane­el) vai de­vol­ver os va­lo­res co­bra­dos a mai­or nas con­tas de luz dos con­su­mi­do­res de to­do o país pa­ra o pa­ga­men­to de re­mu­ne­ra­ção à usi­na nu­cle­ar de An­gra 3, que de­ve­ria ter en­tra­do em ope­ra­ção no ano passado. O anún­cio foi fei­to pe­lo di­re­tor-ge­ral da agên­cia re­gu­la­do­ra, Ro­meu Ru­fi­no, ao clas­si­fi­car a co­bran­ça co­mo equívoco. O er­ro im­pli­cou acrés­ci­mo de até R$ 1,8 bi­lhão nas ta­ri­fas das con­ces­si­o­ná­ri­as, di­nhei­ro que re­tor­na­rá aos cli­en­tes na for­ma de des­con­to nas contas.
De acor­do com sua as­ses­so­ria de im­pren­sa, a Ane­el in­for­mou que o cor­te mé­dio se­rá de 1,2 pon­to per­cen­tu­al e sua apli­ca­ção ocor­re­rá nas con­tas de abril ou maio, de­pen­den­do da da­ta de fa­tu­ra­men­to de ca­da empresa. A me­to­do­lo­gia de cál­cu­lo da de­vo­lu­ção, quer di­zer a ta­ri­fa de ca­da con­ces­si­o­ná­ria con­si­de­ran­do-se o de­vi­do des­con­to, se­rá apre­sen­ta­da em reu­ni­ão da di­re­to­ria da agên­cia pre­vis­ta pa­ra o dia 28.
A Com­pa­nhia Ener­gé­ti­ca de Mi­nas Ge­rais (Ce­mig) dis­tri­buiu no­ta on­tem in­for­man­do que aguar­da as ori­en­ta­çõ­es do ór­gão re­gu­la­dor “pa­ra qual­quer ação”. O re­a­jus­te ta­ri­fá­rio anu­al da em­pre­sa ocor­re em maio e em­bo­ra a Ane­el te­nha in­for­ma­do que a de­vo­lu­ção não vai co­in­ci­dir com a re­vi­são da ta­ri­fa, se hou­ver re­du­ção os con­su­mi­do­res aten­di­dos pe­la con­ces­si­o­ná­ria mi­nei­ra po­de­rão ter um alí­vio sig­ni­fi­ca­ti­vo nas con­tas de luz. Di­fe­ren­te­men­te dis­so, na hi­pó­te­se de cor­re­ção da ta­ri­fa, par­te do des­con­to re­fe­ren­te à de­vo­lu­ção de­ter­mi­na­da pe­la agên­cia re­gu­la­do­ra po­de­rá ser anulado.
Em 2016, a Ce­mig apli­cou re­a­jus­te de 4,21%, em mé­dia, das ta­ri­fas dos con­su­mi­do­res re­si­den­ci­ais e do pe­que­no comércio. Nos úl­ti­mos no­ve anos, hou­ve re­du­ção das ta­ri­fas da con­ces­si­o­ná­ria mi­nei­ra em 2009, de 17,11%; 2010, de 0,07% e de 2013, de 18,14%, sen­do que es­te úl­ti­mo ajus­te foi ex­tra­or­di­ná­rio e ocor­reu em janeiro.
Ro­meu Ru­fi­no dis­se on­tem que a de­ci­são da Ane­el so­bre a de­vo­lu­ção dos re­cur­sos co­bra­dos a mai­or pa­ra a usi­na de An­gra 3 se­rá fei­ta de uma só vez. “Foi um equí­vo­co”, afir­mou Ru­fi­no, res­sal­tan­do que os va­lo­res já fo­ram de­vol­vi­dos pa­ra os con­su­mi­do­res cu­jas dis­tri­bui­do­ras pas­sa­ram por re­a­jus­te ta­ri­fá­rio, ca­so da Ener­gi­sa Bor­bo­re­ma e da Light.
O pro­ces­so da Ane­el pre­via que a co­bran­ça se­ria de­vol­vi­da na da­ta de ani­ver­sá­rio do re­a­jus­te de ca­da empresa. Pa­ra os cli­en­tes da Ele­tro­pau­lo, por exem­plo, se­ria ape­nas em ju­lho, mas a di­re­to­ria da Ane­el de­ci­diu mu­dar o pro­ce­di­men­to e cor­ri­gi-lo o mais ra­pi­da­men­te possível. “Em vez de aguar­dar, fa­re­mos de uma vez só”, dis­se Rufino. “É um pro­ces­so bas­tan­te tra­ba­lho­so, mas, ex­cep­ci­o­nal­men­te, va­mos ins­truir o pro­ces­so pa­ra re­ti­fi­car a ta­ri­fa de to­das as con­ces­si­o­ná­ri­as e ori­en­tar a pron­ta de­vo­lu­ção da­qui­lo que foi ar­re­ca­da­do com ba­se em uma pre­vi­são errada.”
DI­NHEI­RO SEM DO­NO Em de­zem­bro de 2015, a Ane­el foi ques­ti­o­na­da pe­la Câ­ma­ra de Co­mer­ci­aliza­ção de Ener­gia Elé­tri­ca (CCEE) a res­pei­to de An­gra 3. A CCEE é a res­pon­sá­vel por fa­zer a es­ti­ma­ti­va de cus­tos da con­ta res­pon­sá­vel por re­co­lher re­cur­sos do En­car­go de Ener­gia de Re­ser­va (EER). Ca­be à Ane­el apro­var es­se orçamento.
É por meio des­se en­car­go, co­bra­do na con­ta de luz, que An­gra 3 se­ria re­mu­ne­ra­da quan­do en­tras­se em operação. Pe­lo con­tra­to de con­ces­são, a usi­na de­ve­ria ter fi­ca­do pron­ta e ge­ra­do ener­gia des­de ja­nei­ro de 2016. Con­tu­do, o Ope­ra­dor Na­ci­o­nal do Sis­te­ma Elé­tri­co (ONS) não con­ta com es­sa usi­na até 2021. Por is­so, a Ane­el de­ci­diu au­to­ri­zar a CCEE a não pa­gar An­gra 3.
Ain­da as­sim, a co­bran­ça foi fei­ta e re­pas­sa­da a con­su­mi­do­res de to­do o país, na da­ta de re­a­jus­te ta­ri­fá­rio de ca­da distribuidora. O di­nhei­ro fi­cou no cai­xa das dis­tri­bui­do­ras de ener­gia e não foi re­pas­sa­do nem à CCEE, nem à An­gra 3. Con­si­de­ran­do os con­su­mi­do­res de to­do o país, fo­ram re­co­lhi­dos R$ 1,8 bi­lhão a mais pa­ra An­gra 3, que não es­tá pron­ta e cu­jas obras es­tão pa­ra­li­sa­das de­vi­do a de­nún­ci­as de corrupção. A de­vo­lu­ção vai con­tri­buir com um im­pac­to mé­dio de que­da de 1,2 pon­to por­cen­tu­al nas tarifas.
PALAVRA DE ESPECIALISTA
Walter Fróes, diretor da CMU Comercializadora de Energia
Queda já esperada
“Para os consumidores atendidos na área da Cemig, deve haver redução maior da conta de energia a partir de maio. Estudos que realizamos de acompanhamento do setor indicam que haverá queda entre 5% a 10% da tarifa média da concessionária (incluindo os segmentos residencial, do comércio e da indústria) devido à revisão tarifária anual pela Aneel. Já era esperada a redução da tarifa devido à exclusão de alguns componentes financeiros do preço, dos quais o mais relevante se refere ao pagamento de algumas dívidas pela companhia. Há de se considerar ainda o recuo do dólar, tendo em vista que grande parte da energia da Cemig vem da usina de Itaipu (Itaipu Binacional). Essa parcela representa cerca de 30% da energia da Cemig Distribuidora.”
 
Pro­mes­sa de ju­ros me­no­res
 
São Pau­lo – As ta­xas de ju­ro da mo­da­li­da­de ro­ta­ti­vo dos car­tõ­es de cré­di­to de­vem se ali­nhar às pra­ti­ca­das atu­al­men­te na mo­da­li­da­de par­ce­la­da, se­gun­do o pre­si­den­te elei­to da As­so­ci­a­ção Bra­si­lei­ra das Em­pre­sas de Car­tõ­es de Cré­di­to e Ser­vi­ços (Abecs), Fer­nan­do Chacon. Em con­ver­sa, on­tem, com jor­na­lis­tas du­ran­te o Con­gres­so de Mei­os de Pa­ga­men­to, Cha­con fri­sou que a per­cep­ção da Abecs é de que as ta­xas do ro­ta­ti­vo se­jam, por­tan­to, re­du­zi­das em 50%, pa­ra em tor­no de 9,9%, se for con­si­de­ra­do o te­to das ta­xas pra­ti­ca­das no parcelado. “Em abril, ve­re­mos a re­du­ção das ta­xas acon­te­ce­rem”, afirmou.
Cha­con ex­pli­cou que no Bra­sil os sub­sí­di­os cru­za­dos – ba­si­ca­men­te o pa­ga­men­to por par­ce­la­men­to sem ju­ro – as­sim co­mo a au­sên­cia de mo­bi­li­za­ção da in­dús­tria do car­tão pe­la re­du­ção das ta­xas le­va­ram o ju­ro pra­ti­ca­do no ro­ta­ti­vo a pa­ta­ma­res mui­to elevados. “O re­gu­la­dor en­xer­gan­do is­so e en­ten­den­do que ne­nhum player fa­ria so­zi­nho, to­mou a de­ci­são de pa­ci­fi­car a in­dús­tria”.
Quan­to à inadim­plên­cia, o pre­si­den­te da Abecs dis­se tam­bém que ain­da não é pos­sí­vel iden­ti­fi­car quan­to à pre­vis­ta que­da da inadim­plên­cia, que de­ve ser tra­zi­da pe­las mu­dan­ças no car­tão de cré­di­to exi­gi­das pe­lo Ban­co Cen­tral, vai com­pen­sar a re­du­ção do ju­ro pra­ti­ca­do na mo­da­li­da­de de pa­ga­men­to rotativo. Ele co­men­tou que o mo­de­lo de apre­sen­ta­ção das op­çõ­es de pa­ga­men­to aos usu­á­ri­os de car­tõ­es nas fa­tu­ras po­de so­frer adap­ta­çõ­es, da­do que as mu­dan­ças são recentes.
Fa­vo­re­ci­das por me­lho­res con­di­çõ­es no ce­ná­rio eco­nô­mi­co, com que­da da in­fla­ção e re­du­ção da ta­xa bá­si­ca de ju­ros, a Se­lic, que re­mu­ne­ra os tí­tu­los do go­ver­no no mer­ca­do fi­nan­cei­ro e ser­ve de re­fe­rên­cia pa­ra as ope­ra­çõ­es nos ban­cos e no co­mér­cio, as ta­xas de ju­ros em ope­ra­çõ­es de cré­di­to re­cu­a­ram em fe­ve­rei­ro pe­lo ter­cei­ro mês, co­mo apon­ta le­van­ta­men­to da As­so­ci­a­ção Na­ci­o­nal de Exe­cu­ti­vos de Fi­nan­ças, Ad­mi­nis­tra­ção e Con­ta­bi­li­da­de (Ane­fac). A mé­dia do ju­ro co­bra­do das pes­so­as fí­si­cas re­cuou 0,02 pon­to per­cen­tu­al ao mês, pas­san­do de 8,12% em ja­nei­ro pa­ra 8,1% em fevereiro.
A ta­xa anu­a­li­za­da fi­cou em 154,63%, em lu­gar de 155,2% no mês anterior. Já a ta­xa mé­dia de ju­ros pa­ra pes­soa ju­rí­di­ca pas­sou pa­ra 4,68% ao mês (73,13% anu­ais) em fe­ve­rei­ro, quan­do no mês an­te­ri­or es­ta­va em 4,72% ao mês (73,92% ao ano).
Pa­ra o di­re­tor-exe­cu­ti­vo de Es­tu­dos e Pes­qui­sas da en­ti­da­de, Mi­guel Jo­sé Ri­bei­ro de Oli­vei­ra, a pers­pec­ti­va de mais cor­tes na Se­lic con­tri­bui com o re­cuo nas ta­xas bancárias. “Ten­do em vis­ta a me­lho­ra das ex­pec­ta­ti­vas quan­to à re­du­ção da in­fla­ção, bem co­mo na me­lho­ra fis­cal, de­ve­re­mos ter no­vas re­du­çõ­es da ta­xa bá­si­ca de ju­ros, o que re­duz o cus­to de cap­ta­ção dos ban­cos, pos­si­bi­li­tan­do no­vas re­du­çõ­es das ta­xas de ju­ros nas ope­ra­çõ­es de cré­di­to”, comenta.
ES­CA­LA­DA En­tre seis li­nhas de cré­di­to pa­ra pes­soa fí­si­ca pes­qui­sa­das, foi cons­ta­ta­do re­cuo em qua­tro: che­que es­pe­ci­al, CDC (fi­nan­ci­a­men­to de veí­cu­los), em­prés­ti­mo pes­so­al por ban­cos e em­prés­ti­mo pes­so­al por financeiras. Os ju­ros do co­mér­cio e do car­tão de cré­di­to ro­ta­ti­vo re­gis­tra­ram alta.
A Ane­fac apon­tou que, le­van­do-se em con­si­de­ra­ção as flu­tu­a­çõ­es da Se­lic ve­ri­fi­ca­das des­de mar­ço de 2013, quan­do es­ta­va na mí­ni­ma his­tó­ria de 7,25% ao ano, até ho­je (12,25% anu­ais), a ta­xa é 5 pon­tos por­cen­tu­ais mai­or, o que pro­vo­cou es­ca­la­da con­si­de­rá­vel nos ju­ros pra­ti­ca­dos no mercado. Pa­ra pes­so­as fí­si­cas, o ju­ro mé­dio das ope­ra­çõ­es de cré­di­to foi de 87,97% pa­ra 154,63% no pe­rí­o­do analisado. Nas ope­ra­çõ­es com pes­soa ju­rí­di­ca, a ta­xa mé­dia se ele­vou de 43,58% pa­ra 73,13%.

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