Pesquisar
Close this search box.

Economize até 35% na conta
de energia da sua empresa.

photovoltaic-491702_1920 (2)

Brookfield investe mais de R$ 4 bilhões em parques solares

Autor:
Daniel Rittner, Valor Econômico

Aposta de fundo canadense inclui complexo fotovoltaico de 1 mil MW em Minas e
projetos no Ceará

A Brookfield tem uma aposta de longo prazo no Brasil. Foi assim na crise de 2014/2015 e está sendo agora”, diz André Flores — Foto: Divulgação

Em plena crise gerada pela pandemia de covid-19, o fundo canadense Brookfield está investindo de R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões em energia fotovoltaica no Brasil. Até 2023, a fonte solar deverá alcançar 1,5 mil megawatts (MW) de potência e praticamente igualar a capacidade instalada de outros ativos da Brookfield em energias renováveis no país – usinas eólicas ou de biomassa, hidrelétricas de maior porte e pequenas centrais (PCHs).


O movimento deu passos significativos nos últimos seis meses, período em que a pandemia afundou o nível de atividade econômica e derrubou as projeções de carga para o setor elétrico nos próximos anos, além de ter reduzido ao piso o valor da energia no mercado de curto prazo (spot).

Na semana passada, a Brookfield firmou contrato com a multinacional espanhola Solatio para aquisição de um complexo solar com cerca de 1 mil MW de potência em Janaúba, no norte de Minas Gerais. Com aportes de R$ 3 bilhões e obras com início previsto para o fim deste ano, será o maior parque fotovoltaico da América Latina quando estiver em pleno funcionamento, em meados de 2023 – a entrada em operação será gradual. Toda a energia irá para o mercado livre (grandes consumidores) e mais de 70% da produção já foi contratada, segundo André Flores, executivo responsável na Brookfield Asset Management por energias renováveis no Brasil.

“A gente entende que o mundo está passando por um período de enorme incerteza, mas a Brookfield tem uma aposta de longo prazo no Brasil. Foi assim na crise de 2014/2015 e está sendo assim agora”, afirma Flores. Segundo ele, não há uma meta ou limite de investimento pré-definido para a área de energias renováveis no país. “O nosso apetite depende muito mais de termos projetos de boa qualidade e com bom retorno ao acionista. Se você me perguntar por que acabaram sendo investimentos em solar, e não eólica, eu diria que foram as oportunidades mesmo.”


Flores avalia que hoje surgem poucas possibilidades de investimentos em usinas hidrelétricas e, paralelamente, as PCHs agregam menor capacidade instalada (têm até 30 MW). Todos esses ativos são agrupados na Brookfield Energia Renovável – um dos quatro braços do fundo no país.


Outra investida em energia solar é o complexo Alex, no Ceará, adquirido por R$ 1 bilhão em janeiro deste ano e com capacidade instalada de 278 MW. A geração foi negociada no ambiente de contratação regulada, em leilão organizado pelo governo federal em 2018, que atende às distribuidoras. Em obras, deverá iniciar o fornecimento em 2022.


A terceira aposta está prestes a ser anunciada, envolvendo o projeto Aratinga, também no Ceará e com entrega de energia a partir de 2023. Terá entre 150 MW e 200 MW. O investimento ficará em torno de R$ 400 milhões, segundo Flores, e a potência definitiva ainda depende da estruturação final do empreendimento. Toda a geração vai ser comercializada no mercado livre, mas nenhum contrato foi celebrado até agora.

Flores ainda vê espaço para o crescimento da fonte solar na matriz elétrica brasileira, por ter uma presença ainda modesta.. Mas garante que a desvalorização do real nos últimos meses não teve influência nas decisões de investimento, inclusive os projetos começaram a ser analisados no ano passado, antes das recentes rodadas de tombo no câmbio.


Já o espanhol Pedro Vaquer, presidente da Solatio e responsável por todo o desenvolvimento do projeto de 1 mil MW em Janaúba até a venda para a Brookfield, aponta a instabilidade cambial como um dos “inimigos cruciais” do Brasil para atrair investidores de fora. O outro, de acordo com ele, é o “jeitinho brasileiro”.

“Em um cartório, por exemplo, as coisas podem demorar um mês ou algumas horas. Tudo depende do jeitinho. E eu não preciso explicar a um brasileiro o que é jeitinho. É o principal gargalo para um estrangeiro entrar no país”, afirma Vaquer,em entrevista por videoconferência de Mallorca, nas Ilhas Baleares, onde tem passado a quarentena desde março. “Felizmente, nos níveis de governo em que atuamos, não enfrentamos isso. E preferimos perder projetos a ceder.”


A Solatio, que já estruturou projetos com 1.206 MW de potência no mercado regulado e agora se dedica à implementação de outros 11.854 MW no mercado livre, elogia a segurança jurídica e regulatória do sistema elétrico brasileiro. Vaquer avalia positivamente os esforços de “desburocratização” empreendidos pelo governo Jair Bolsonaro. “Sem nenhuma consideração política”, enfatiza.

Para o presidente da comercializadora CMU Energia, Walter Fróes, que assessorou a Solatio na transação com a Brookfield, o mercado livre tem “excelente” potencial de crescimento e tem atravessado a crise da pandemia com “níveis mínimos” de judicialização. Um segmento bastante promissor, segundo ele, são projetos de geração distribuída na modalidade remota – “condomínios” solares que geram fora dos grandes centros urbanos e levam a produção de energia para clientes empresariais.

LINK PARA A MATÉRIA

Compartilhar no:

3 respostas para “Brookfield investe mais de R$ 4 bilhões em parques solares”

  1. Olá S.r. André Flores.
    Temos um projeto para geração de energia sustentável, que gera energia em uma Plataforma Hidrelétrica Flutuante que tem uma tecnologia de recepcionas as aguas correntes dos rios e multiplicar a velocidades das aguas para movimentar as conchas que esta fixadas em braços e no eixo central.
    Este movimento tem um ganho de quilogramas força para fazer os giros do gerador, podem serem instadas nas saídas das PCHs no leito dos rios também poderá serem entaladas varias unidades no longo do leito dos rios.
    É não agride o meio ambiente.
    Grato,
    Carmo.
    71 991183134

  2. Olá S.r. André Flores.
    Temos um projeto para geração de energia sustentável, que gera energia em uma Plataforma Hidrelétrica Flutuante que tem uma tecnologia de recepcionas as aguas correntes dos rios e multiplicar a velocidades das aguas para movimentar as conchas que esta fixadas em braços e no eixo central.
    Este movimento tem um ganho de quilogramas força para fazer os giros do gerador, podem serem instadas nas saídas das PCHs no leito dos rios também poderá serem entaladas varias unidades no longo do leito dos rios.
    É não agride o meio ambiente.
    Grato,
    Carmo.
    71 991183134

  3. Olá S.r. André Flores.
    Temos um projeto para geração de energia sustentável, que gera energia em uma Plataforma Hidrelétrica Flutuante que tem uma tecnologia de recepcionas as aguas correntes dos rios e multiplicar a velocidades das aguas para movimentar as conchas que esta fixadas em braços e no eixo central.
    Este movimento tem um ganho de quilogramas força para fazer os giros do gerador, podem serem instadas nas saídas das PCHs no leito dos rios também poderá serem entaladas varias unidades no longo do leito dos rios.
    É não agride o meio ambiente.
    Grato,
    Carmo.
    71 991183134

Deixe um comentário para Carmo Lazaro Barbosa Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts relacionados

2 de abril de 2024