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Após Repactuação do Risco Hidrológico, inadimplência continua alta na CCEE

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A repactuação do risco hidrológico, que entrou em vigor a partir a contabilização do mês de janeiro de 2016, impôs a retirada das ações judiciais pelos geradores que aderissem. Dos agentes que aderiram, 36 quitaram o valor total e outros 20 optaram pelo parcelamento nas liquidações financeiras subsequentes e estão pagando regularmente. Até o momento, foram quitados R$ 2,48 milhões (81% do valor total).
 
No entanto, isso não foi suficiente para regularizar as liquidações financeiras da CCEE. Isso porque, além de várias usinas não terem aderido à repactuação, alguns agentes e associações de classe que não possuem relação direta com a questão do risco hidrológico estão protegidos por liminares que dão preferência para recebimento dos créditos. 
A liquidação de maio movimentou apenas R$ 600 milhões dos R$ 2,61 bilhões contabilizados, ou seja, faltaram R$ 2,01 bilhões, que representam 76,81% do total contabilizado. Da quantia faltante, R$ 1,07 bilhão está protegido por liminares, R$ 570 milhões integram o acordo de parcelamento da repactuação do risco hidrológico e outros R$ 370 milhões representam a inadimplência propriamente dita. 
A inadimplência real sofrida por cada agente pode diferir do percentual faltante (76,81%), já que o rateio não foi feito de maneira proporcional, em cumprimento a decisões judiciais vigentes. Os agentes que possuem preferência não receberam todo o crédito e aqueles não possuem liminares não receberam nada.
A repactuação do risco hidrológico não foi suficiente para regularizar as liquidações financeiras na CCEE como era previsto. Para se protegerem dos impactos gerados pelos entraves da liquidação, agentes e associações de classes continuam adquirindo liminares. Com isso, o problema está longe de ter um fim, já que os recursos arrecadados não estão sendo suficientes nem para operacionalizar os pagamentos dos agentes protegidos por liminares. 

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