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69 mil unidades consumidoras podem migrar para o ACL, aponta CCEE

Autor:
Michele Rios / Canal Energia

Número poderá saltar de 35% para 40% em participação no mercado

“O Brasil tem potencial atual de 69 mil unidades consumidoras do grupo A com demanda dentro da faixa do ACL (0,5 MW) para migração”, disse a vice-presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Talita Porto. E 106 mil unidades consumidoras do grupo A com demanda abaixo de 0,5 MW.

De acordo com a executiva, 40% do consumo de energia seria representado por consumidores ACL caso todo o potencial do grupo A fosse migrado. “Hoje são 69 mil unidades consumidoras e o número poderá saltar de 35% para 40% em participação no mercado”, explicou.

“A abertura total da PL 414/21 amplia o mercado livre trazendo maior diversidade de players e oportunidades”, ressaltou Talita, durante o Lefosse Energy Day, realizado na quarta-feira, 31 de agosto. Hoje, o Brasil possui 10.384 consumidores ACL e ela afirmou que a partir de janeiro de 2024 qualquer consumidor de alta tensão poderá ser livre.

Entre os desafios na contratação, Talita destaca alguns pontos que merecem destaque: tratamento da medição, supridor de última instância, comercialização regulada e varejista, modelo de faturamento, desconto no fio e a CDE e sobrecontratação e contratos legados.

Durante o evento, a executiva ainda afirmou que a CCEE atuará como certificadora de energia renovável usada para produzir hidrogênio verde no Brasil. “O hidrogênio verde é uma tecnologia em desenvolvimento que pode viabilizar o armazenamento e o transporte de energia no Brasil”, explicou. Segundo ela, o interesse da CCEE é garantir a origem renovável dos insumos nesse processo produtivo.

Do lado de geração distribuída, Talita declarou que o segmento segue em expansão acelerada. “Hoje o marco legal da GD (Lei 14.300/2022) é uma corrida para cadastro de unidades geradoras com benefícios que serão extinguidos conforme marco estabelecido na lei”, disse. Hoje o País possui 1,3 milhão de unidades geradoras e 11,02 GW de capacidade instalada.

Ela ainda finalizou dizendo que a expansão da geração será impulsionada por investimentos em projetos do ACL. “É fundamental conectar os consumidores com geração distribuída ao mercado livre”.

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