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Brasil responde por 5,6% da demanda mundial de equipamentos solares

Autor:
Robson Rodrigues / Valor

Volume de módulos fotovoltaicos para atender o mercado nacional teve crescimento superior a 100% no ano passado em relação a 2020.

O mercado brasileiro de energia solar foi responsável por 5,6% de toda a demanda global de módulos fotovoltaicos em 2021. Essa foi uma das conclusões de uma pesquisa feita pela consultoria Greener com 3.767 empresas do setor entre dezembro de 2021 a janeiro de 2022, a qual o Valor teve acesso com exclusividade.

Um dos motivos de o Brasil ser um dos principais consumidores de equipamentos no planeta se deve ao embalo do segmento no ano passado. O volume de módulos fotovoltaicos demandados para atender o mercado nacional ultrapassou os 9,7 gigawatts (GW), um crescimento superior a 100% em relação a 2020. A demanda mundial foi de 172,6 GW.

O diretor da Greener, Marcio Takata, avalia que o Brasil teve uma forte ampliação nos últimos anos, já que em 2017, a fatia brasileira em relação ao mercado global representava apenas 0,9%.

“Entre 2019 e 2020, o Brasil teve um crescimento limitado de demanda de equipamentos. Já no ano de 2021, o país retomou o crescimento e o volume de equipamentos dobrou se comparado com o ano anterior e representou 5,6% da demanda mundial”.

O executivo elenca alguns fatores que ajudam a entender a importância do Brasil neste contexto, como a elevação das tarifas de energia, um mercado competitivo e a entrada em vigor da Lei nº 14.300/22, que institui o marco legal da geração própria de energia – que deve atrair investimentos da ordem de R$ 35 bilhões ao Brasil.

“Com a aceleração do volume de módulos no último trimestre, com a entrada de equipamentos no Brasil, notamos maior interesse do mercado para 2022. Outro indicador importante é a mudança regulatória, que para alguns modelos de negócio significa aceleração dos investimentos”, prevê Takata.

Em função da dinâmica internacional no último ano, os preços dos equipamentos tiveram alta de 8% no bolso do consumidor final puxado pelo custo do frete, em decorrência da falta de contêineres, congestionamentos em portos e medidas de isolamento contra pandemia. Essa é a maior alta de preços registrados nos últimos dois anos. Já a elevação do preço das commodities, alta demanda por componentes e câmbio culminaram em problemas de abastecimento mundial de equipamentos.

Diante do cenário desafiador, Takata diz que alguns projetos estão atrasados e ajustando seus cronogramas para se adequarem à dinâmica do mercado e elevação dos preços. Entretanto, a entrada de novos players e alta competitividade foram fatores que atenuaram a elevação dos preços.

“Mesmo pressionado pelos custos, o segmento continua competitivo. Tivemos alta das tarifas de energia ao longo de 2021 e teremos em 2022 ainda os reflexos da crise hídrica e pandemia. Isso traz nova dinâmica e o investimento em energia solar continua sendo atrativo ao consumidor”, analisa.

No Brasil, existem 86 milhões de unidades consumidoras. No entanto, a geração distribuída solar está presente em pouco mais de 1% (900 mil unidades consumidoras), de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e é utilizada majoritariamente em residências e comércios para auxiliar na redução da conta de luz.

Ele destaca que a cadeia de serviços e o volume de empresas que atuam no segmento – cerca de 21.200 – trouxeram competitividade no mercado brasileiro, o que absorveu parte da alta dos preços. Outro ponto que Takata destaca é e a Lei nº 14.300/22, que institui o marco legal da geração própria de energia, que deve atrair investimentos ao Brasil.

A elevação da taxa básica de juros (Selic) se reflete nos custos dos financiamentos, ainda assim o financiamento solar ampliou a atuação no setor, apoiando 57% das vendas efetuadas em 2021.

A elevação da taxa básica de juros (Selic) se reflete nos custos dos financiamentos, ainda assim o financiamento solar ampliou a atuação no setor, apoiando 57% das vendas efetuadas em 2021.

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