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Bares querem a volta do horário de verão

Com horário de verão, a Abrasel prevê a criação de pelos menos 30 mil empregos nos bares em Belo Horizonte |Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

O retorno do horário de verão está sendo apontado por lideranças dos setores do turismo e do entretenimento em todo o País como uma estratégia para a retomada do crescimento de tais segmentos. Só em Belo Horizonte, seriam gerados 30 mil novos empregos.

 Por este motivo, empresários do setor de hospedagem do Paraná, do turismo da Bahia e entidades ligadas ao segmento de bares e restaurantes de São Paulo e de Belo Horizonte enviaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), carta pedindo o retorno do horário de verão.

Presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Belo Horizonte, Matheus Daniel considera que o retorno do horário de verão pode ajudar na retomada do segmento, gerando pelo menos 30 mil empregos na capital mineira.

“Em quase todas as capitais tivemos o fechamento de 30% a 35% do número de bares e restaurantes. Com uma hora a mais, poderíamos tentar retomar nossa atividade”, afirmou.

Happy Hour

O hábito que muitos trabalhadores tinham durante o horário de verão de participar de happy hours após saírem do serviço foi deixado de lado depois da pandemia.

“Por causa da Covid-19, Belo Horizonte perdeu 30 mil empregos só com o fechamento de bares e restaurantes. Quando uma pessoa vai a estes estabelecimentos, normalmente, se arruma. O aquecimento de nosso setor ajuda outros tipos de comércio, como a venda de roupas, de sapatos etc”, avaliou.

Capital dos bares

Embora Belo Horizonte continue sendo a capital nacional dos bares,  o município que, no período pré-pandemia, contava com 12 mil bares, perdeu pelo menos 3 mil estabelecimentos. 

“Continuamos sendo a capital dos bares porque não fomos só nós que tivemos bares fechados. Isto foi um fenômeno nacional. Mas temos que ressaltar que não só os empresários de Belo Horizonte, mas em todo o País, tiveram em média uma queda de  70% do faturamento.”, afirmou.

Outro problema pontuado por Matheus Daniel foi a redução do número de  coletivos à noite, o que, conforme o presidente da Abrasel em Belo Horizonte,  tem dificultado a manutenção e a contratação de novos funcionários.

“Em vez de pagar R$ 4,50 para o funcionário voltar para casa, estamos tendo que pagar até R$ 40 para que ele volte em aplicativos. Em algumas situações não há ônibus depois de certo horário”, afirmou.

Retorno de medida divide especialistas do setor de energia

Ex-presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A (Eletrobras) e ex-diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig),  Aloísio Vasconcelos defende a volta imediata do horário de verão. Engenheiro mecânico-eletricista e professor, Vasconcelos defende a ideia de que o horário de verão ajuda a pulverizar o pico energético que, em sua opinião, acontece  às 18h.

“É neste horário que as pessoas, ao deixarem o trabalho, chegam em casa, tomam banho. Neste horário, o metrô também tem uma sobrecarga de passageiros. Quando fui presidente da Eletrobras, conseguimos economizar até 4% de energia com o horário de verão”, afirmou.

Ele defende que o governo adote imediatamente quatro ações urgentes para evitar o agravamento da crise elétrica. “O governo já deveria estar promovendo campanhas de conscientização para que as pessoas economizem energia. Deveria também fazer um monitoramento permanente dos reservatórios para adotar antecipadamente medidas que evitem este tipo de situação”, aconselhou.

Outras duas medidas defendidas por Vasconcelos são:  a conscientização dos empresários das indústrias, que, no setor da panificação, podem trocar o forno elétrico pelo a gás e os de outros setores que podem instalar capacitores. “Este tipo de equipamento ajuda a reduzir entre 8% e 14% o consumo de energia. Já em longo prazo, teríamos que investir na construção de hidrelétricas no rio Tapajós, no rio Tocantins. Temos tecnologia que evitaria prejuízos ambientais”, avaliou. 

Visões contrárias


Embora seja solidário ao movimento dos empresários do setor de entretenimento, Raimundo de Paula Batista Neto, sócio-diretor da Enecel Serviços de Consultoria e Engenharia,  acredita que na prática  o retorno do horário de verão não terá um impacto positivo para amenizar a crise hídrica que assola o País.

“Eu não discuto que o retorno do horário de verão possa ajudar no aquecimento da indústria de entretenimento e de turismo, sobretudo nas cidades praianas, mas não vai ter impacto do ponto de vista da geração e economia de energia”, afirmou.

Para Batista, além de prejudicar quem tem que sair muito cedo para trabalhar, o horário de verão não gera economia suficiente para amenizar a crise hídrica. Na opinião de Batista, o governo já está tomando atitudes para amenizar a crise hídrica. Mas, a longo prazo, o ideal, conforme o diretor  da Enecel, seria que o governo investisse na construção de novas plantas de energia sustentável como a fotovoltaica”, afirmou.

Conscientização

Batista  também acredita que a população deve ser conscientizada da necessidade de economizar energia. “O governo está fazendo o que pode, mas é preciso equilibrar o gasto de energia com a produção de energia. Como não se pode fazer chuva, precisamos nos preparar caso não tenhamos chuva suficiente no próximo verão”, afirmou.

Opinião semelhante tem o presidente da empresa geradora de energia CMU, Walter Fróes. Ele também acredita que o retorno do horário de verão não ajudará a resolver a crise hídrica. 

“Antes o pico de uso do sistema elétrico era às 18h. Hoje houve uma mudança e este pico acontece em torno das 15h. O governo federal criou uma comissão e já está analisando o problema.  O retorno do horário de verão não vai ajudar a gerar energia necessária para vencermos a crise hídrica”, afirmou.

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Solatio inaugura complexo solar de 800 MW em Pernambuco

Usina Brígida é inaugurada oficialmente e outras duas UFVs entram em operação a partir de 2022, num projeto de R$ 3 bilhões

Os Ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Turismo, Gilson Machado, inauguraram nesta sexta-feira, 9 de julho, a usina solar Brígida e os projetos de construção das plantas Bom Nome e Belmonte, ambos no município de São José do Belmonte (PE). De acordo com o governo, o complexo deverá ser o maior da América Latina em geração fotovoltaica, com investimentos que chegam a R$ 3 bilhões.

As instalações ficarão sob responsabilidade da espanhola Solatio e irão totalizar 810 MWp de potência, capazes de abastecer cerca de 800 mil famílias. A UFV Brígida vem produzindo 80 MW de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN) desde maio e a usina Bom Nome contará com 130 MW em operação a partir de abril de 2022. Já o projeto Belmonte prevê 600MW a partir do 3º trimestre de 2022.

Bento Albuquerque enfatizou que a energia solar centralizada já totaliza 3,3 GW de capacidade instalada, sendo responsável por 2% da matriz elétrica nacional, destacando também que a geração distribuída aparece com 6 GW instalados e já atendendo a 400 mil consumidores, com expectativa de alcançar em 2031 cerca de 26GW e 3 milhões de consumidores.

O ministro ressaltou ainda o incentivo do governo federal em relação às fontes renováveis e reafirmou que nos próximos dez anos, somente solar irá angariar mais de R$ 100 bilhões em investimentos, representando 28% de todo o aporte no setor elétrico nesse período.

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