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Taxa da bandeira vermelha terá alta de 43%

Autor:
Mara Bianchetti -Diário do Comércio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aumento nos valores das bandeiras tarifárias já a partir de novembro. A amarela ficou 50% mais barata, passando de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 1. Mas a vermelha em patamar dois, vigente atualmente e que deve perdurar por novembro, vai subir de R$ 3,50 para R$ 5, alta de quase 43%.

Na avaliação de especialistas, o governo não tinha outra medida senão essa, diante do antigo modelo adotado. Segundo eles, ano após ano, ao ter que acionar as térmicas, o governo se via com receita insuficiente para repor os caixas das distribuidoras.


A proposta foi colocada em audiência pública, mas entrará em vigor já em novembro em regime excepcional.

É o que explica o especialista em energia elétrica e regulação da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores (Abrace), Victor Hugo Iocca. “Trata-se de uma evolução. A agência está disposta a discutir. Se aparecer propostas mais interessantes ela vai ouvir”, disse.

De qualquer maneira, o aumento da bandeira vermelha patamar dois estará valendo a partir de novembro. Porém, Iocca lembra que a bandeira tarifária para o mês vai ser definida amanhã e sexta-feira na reunião mensal para planejamento da operação do próximo mês.

O sócio-diretor da Enecel Energia, Raimundo de Paula Batista Neto, avalia a medida coma necessária sob o ponto de vista do custo das térmicas num período de baixo volume de chuvas. Além disso, ele acredita que funciona como um instrumento educativo, ao passo que o próprio consumidor precisa se policiar, senão acaba pagando uma conta ainda mais cara.

“Para isso, porém, é preciso trabalhar bastante a divulgação. O consumidor precisa tomar conhecimento e ter consciência que depende dele também amenizar este impacto”, sugeriu.

A conta – Já o diretor da CMU Comercializadora de Energia, Walter Luiz de Oliveira Fróes, resume que quem paga a conta sempre é o consumidor final. Esteja ele na figura da pessoa física ou jurídica, do empresário ou do comerciante. Para o especialista, o dinheiro para pagar a conta da energia sempre vai sair do consumidor.

“As bandeiras tarifárias foram um reconhecimento talvez um pouco tardio de que não estava dando conta de cobrir seus gastos com geração. Mesmo depois que iniciou as cobranças das bandeiras, o governo demorou a reconhecer que também não estava sendo suficiente, precisou reconhecer que precisava de um novo adicional. Agora, mais uma vez, o consumidor precisa pagar a conta. E o governo precisa criar alternativas para tentar se salvar, se readequando à realidade do momento”, concluiu.

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