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Angra 1 é desligada para reabastecimento de combustível nuclear e manutenção

Autor:
Robson Rodrigues/Valor

Com isso, a unidade será desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN) e não vai gerar energia por 50 dias

A Eletronuclear realizará, neste sábado (28), uma parada programada da usina nuclear de Angra 1 para reabastecimento de um terço de combustível nuclear e cerca de outras 4.800 tarefas. Com isso, a unidade será desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN) e não vai gerar energia por 50 dias. O processo conta com a participação de aproximadamente 1.300 profissionais nacionais e internacionais.

No dia 25 de setembro, a usina de Angra 2 também foi desligada pelo mesmo motivo. Com isso, as duas usinas nucleares ficam fora de operação. Segundo a Eletronuclear, dentre as atividades de inspeção, manutenção e modificações de projeto, incluem-se a substituição das barras de controle do reator, a manutenção dos transformadores principais e auxiliares, a revisão das turbinas de vapor e a inspeção volumétrica na tampa do vaso de pressão do reator.

“Esses procedimentos são fundamentais para garantir a segurança e alta disponibilidade na operação da usina. Vale ressaltar que, no caso de Angra 1, o tempo de parada será um pouco maior, visto que também serão executadas atividades que já estão na programação da extensão de vida útil da usina por mais 20 anos”, disse o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira.

A programação de parada das usinas é acordada previamente com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo Vieira, as paradas ocorrem aproximadamente a cada 14 meses e são organizadas com pelo menos um ano de antecedência, levando em consideração a duração do combustível nuclear, que é composto por urânio, e as necessidades do SIN.

Segundo o diretor da comercializadora CMU, Walter Froes, a parada de Angra 1 representa no máximo 1% da geração. Entretanto, como ela opera em tempo integral e tem prioridade no despacho, a saída da usina vai obrigar a entrada de uma outra termelétrica, que pode afetar o preço de curto prazo, (conhecido pela sigla PLD), mas nada muito preocupante.

A combinação do aumento da demanda já sinalizada pelo ONS com a indisponibilidade das usinas nucleares, o impacto da seca nas hidrelétricas do rio Madeira e a diminuição da geração eólica acendeu um alerta de um possível impacto nos preços.

Entretanto, na análise Filipe Bonaldo, sócio-diretor da A&M Infra, existe pouca chance de pressão no preço da energia, já que o Brasil vive um contexto de sobre oferta de eletricidade.

“A tendência é que o PLD continue nesses patamares [baixos]. Hoje ainda existe muita geração distribuída (GD) para entrar no sistema e é ela que está causando essa disfunção no preço. Com essa GD entrando no sistema, a tendência é que você tenha mais oferta”, explica.

A Eletronuclear diz, em nota, que Angra 2 retornará ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nos primeiros dias de novembro.

Segundo a estatal, a ação vai permitir que Angra 1 e 2 estejam no seu máximo funcionamento no período de maior consumo de energia no país, que é durante o verão.

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